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Alemanha (Cuxhaven, Hamburgo e fronteira com a RDA), Noruega (Oslo e fiordes), Ponta Delgada e Funchal

Das viagens de instrução realizadas durante o curso na Escola Naval esta foi a menos interessante. Mesmo assim gostei de conhecer locais que ainda não conhecia: Alemanha, Noruega e Ilha de S. Miguel.
A viagem foi feita na Fragata NRP Comandante Sacadura Cabral, a F483, a mesma em que no ano anterior fizemos a viagem do 2º ano.
Zarpámos para norte atravessando o Canal da Mancha até chegarmos a Cuxhaven, uma estância de férias alemã no Mar do Norte. Nem deu para apreciar as praias porque, mesmo sendo Junho, nunca conseguimos ver o sol nos dias que lá estivemos. O que me impressionou foi que mesmo assim havia gente nas praias em dias frescos e húmidos, em que a neblina não deixava ver a paisagem. Nem durante a tarde.
Após Cuxhaven fomos para Hamburgo, a grande cidade portuária alemão no Rio Elba. Foi lá que os grandes navios de construção alemã foram construídos. Entre eles o nosso Navio-Escola Sagres.
Hamburgo valeu a pena, até porque a vida nocturna tinha lugar no bairro enorme de St. Pauli, na conhecidíssima Riperbahn. E um lanche na torre da televisão com vista sobre a cidade também foi espetacular.
Impressionou-me o facto de, nos dias de semanas, não se ver ninguém na rua a partir das 10 da noite. E mesmo sem trânsito à vista, as pessoas não atravessavam as ruas se o sinais dos peões estivesse vermelho.
A marinha alemã, nossa congénere, decidiu oferecer-nos uma visita até à fronteira com a então RDA, passando por Ratsburg e Lubeck. Gostei de ver a fronteira do lado ocidental traçada apenas por uma linha branca nos chão, e do outro lado o conjunto de fossos e de vedações de arame farpado, com torres de vigia a cada 500 metros. Perante o grupo que estava a visitar a fronteira os guardas orientais pegaram nos binóculos para ver o que se passava. E nós, bem à portuguesa, e para grande preocupação do pessoal que nos acompanhava, fizemos questão de fazer o que era proibido: atravessar a linha branca e pôr os pés na RDA.
Após uma semana em Hamburgo seguimos para Oslo pelo Canal de Kiel, poupando assim muitas milhas de navegação. Foi espetacular entrar e sair das eclusas, navegando com todo o cuidado pelo canal até chegarmos a Kiel e daí seguirmos por entre ilhas da Dinamarca rumo ao Mar Báltico. Serpenteámos por aquelas ilhas sempre muito próximo de terra e com muita coisa à vista para irmos vendo a Dinamarca pelos binóculos.
E a seguir seguimos para norte com a costa da Suécia no radar, avistando-a de vez em quando.
Era verão e em Oslo estavam 35ºC, um calor abrasador para aquela gente. Em tudo o que era lago havia gente a molhar os pés e a refrescar o corpo.
Tivemos uma reacção algo fria porque 15 dias ante so navio-escola brasileiro, o Custódio de Melo, tinha lá estado e os marinheiros brasileiros tinham arranjado confusão. Connosco não houve nada disso mas o receio da população foi evidente.
Para espanto geral e coisa impossível nos dias de hoje, palácio real, no cimo da avenida principal da cidade, tinha os portões abertos e os súbditos de sua majestade o rei Carlos Gustavo, podiam passear livremente pelos jardins do palácio e refrescar-se nos pequenos lagos que por ali havia.
E fizemos uma visita aos fiordes próximos de Oslo, podendo apreciar uma vista arrebatante cá de cima. Aquilo é de facto muito bonito.
Seguiu-se a parte mais dura: 19 dias de navegação até aos Açores, passando do Mar Báltico para o Mardo Norte e pelo Canal da Macha. Foi duro passar ao pé de tudo, ver terra e não poder lá pôr os pés. Lembro de ver o final do Mundial 78 da Argentina na televisão que tínhamos na câmara do navio, conseguindo apenas uma imagem de má qualidade com a antena interior que tínhamos.
Findos esses dias foi bom chegar a Portugal e a uma ilha e uma cidade que não conhecíamos: Ponta Delgada na Ilha de S. Miguel.
A paisagem é maravilhosa. Com 3 amigos alugámos um carro para dar a volta à ilha e deliciámo-nos com os cavacos na Tasca do Manel Boas.
Impressionou-me acima de tudo a Lagoa das Sete Cidades.
Terminámos a viagem no Funchal, onde estivemos apenas umas horas para em seguida um Hércules C130 da Força Aérea nos levar para Lisboa, com escala em Porto Santo, para poucos dias depois podermos estar presentes no Porto, nas comemorações do Dia da Marinha.
Não foi uma viagem tão espetacular como a que 2 anos antes fiz na Sagres (nunca é) ,as valeu a pena conhecer terras que nunca tinha visto.
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11Sagres
Sagres
sobre mim

Nascido em 1958, ex-oficial da Armada, ex-professor no Instituto Politécnico de Beja, dedicado a viajar sempre que possível

 

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© 2016 António Júlio Toucinho da Silva

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