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Esta viagem começou atribulada. Ao chegar a Madrid para apanhar a ligação para Buenos aires às 23:55 os painéis de informação indicavam o voo às 5 da manhã. Fui perguntar ao balcão de informações, onde me disseram que alguém da companhia viria falar connosco. Uma greve geral na Argentina causou um atraso no voo, que só descolou às 06:00 horas, fazendo-me chegar atrasado e perder o tour previsto para depois da chegada a Buenos Aires.
Em Madrid falei com a minha agência de viagens em Portugal, pedindo que avisassem do meu atraso por causa do transfer para o hotel e foram impecáveis. Disseram-me que avisariam e que alguém da agência argentina combinaria comigo as reprogramações necessárias. Assim acabou por ser mas esta greve fez-me perder o 1º dia e criou todo o tipo de incertezas já que poderia ter sido prolongada, pondo em risco a quase totalidade da viagem.
1º dia: manhã em Buenos Aires e voo Buenos Aires – Ushuaia
Tive a manhã livre em Buenos aires onde dei um passeio pequeno, aproveitando a excelente localização do hotel. Fui até ao Obelisco, que é o ex-libris da cidade, e depois andei pela Avenida de Maio até ao Congresso Nacional, passando pelo Palácio Barolo. Este curo passeio serviu para me ambientar e tomar contacto com as condições de segurança. Na verdade eu tinha sido avisado para não andar com uma câmara vistosa à vista nem com o telemóvel na mão. Senti-me bem e seguro, mas tive sempre cuidado e atenção ao que se passava à minha volta.
A aterragem em Ushuaia foi deslumbrante, com a paisagem composta pelos picos montanhosos polvilhados de manchas de neve, já que no verão austral muita da neve desaparece. Chegado a Ushuaia, depois do alojamento no hotel, fui explorar a cidade, que tem apenas uma avenida principal. Adorei a arquitectura típica de climas muito frios, jantei uma pizza maravilhosa num Bar de Pizzas e a seguir voltei a passear pela avenida principal, aproveitando o facto de estarmos muito próximo do solstício de Dezembro, razão pela qual o pôr-do-sol naquelas paragens ocorre só depois das 22:30.
Avenida de Maio
Avenida de Maio
esquina do meu hotel
Avenida de Maio
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rua principal
rua principal
Vila Breschia, o meu hotel
rua principal
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2º dia: Ushuaia
Este foi o dia dedicado a explorar a Terra do Fim do Mundo e os pontos de interesse nos arredores da cidade mais a sul no mundo.
Ushuaia começou por ser um prisão de onde era impossível escapar. O frio intenso impedia qualquer tentativa de fuga e todos os que o tentaram acabaram por ser encontrados sem vida devido aos elementos.
O Comboio do Fim do Mundo é um comboio que corre sobre carris de bitola muito estreita para ter manobrabilidade e percorre um percurso sinuoso onde os presos eram transportados para fazerem trabalhos diários como corte de lenha ou outros trabalhos na floresta. O passeio faz-se devagar e com uma paragem para podermos disfrutar da paisagem e duma vista exterior do comboio.
Seguiu-se o Parque Natural Tierra del Fuego, um parque natural muito bem preservado onde é possível apreciar a flora, alguma fauna e a ponta sul da Cordilheira dos Andes. É um passeio interessante feito a pé num ambiente que mesmo no verão faz imenso frio. No fim do percurso no parque encontrámos um grupo de índios nativos fazendo uma cerimónia para celebrar o solstício de Dezembro e a seguir a placa que anuncia o fim da estrada transamericana, que acaba naquele exacto local e que percorre todas as Américas até ao Alasca.
Seguimos depois de autocarro para Ushuaia, o que nos deu uma melhor perspectiva da arquitectura da cidade, para depois do almoço embarcarmos para o Cruzeiro no Canal de Beagle.
O cruzeiro, que para mim foi o ponto forte deste dia, é feito no canal cuja margem norte é Argentina e a margem sul é Chile. É um canal que fica já muito próximo do famosíssimo Cabo Horn. É dali, do Porto de Ushuaia, que partem os cruzeiros para a Antártida. O cruzeiro permite apreciar a paisagem, ver Ushuaia de longe e aproximarmo-nos de colónias de aves marinhas, leões marinhos e de pinguins. É um cruzeiro de 3 horas, mas se quisermos ir ver a “pinguinera” já serão 6 horas porque esta fica mais longe. Eu tinha incluído o cruzeiro mais curto e decidi não pagar o excedente para o mais longo para ter ainda algum tempo para fazer compras na cidade.
comboio fim do mundo
Ushuaia
Cruzeiro Canal de Beagle
comboio fim do mundo
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3º dia: Ushuaia – El Calafate
Neste dia tivemos cerca de 1 hora para dar um último passeio curto por Ushuaia e embarcámos num voo de 1 hora até El Calafate. Do aeroporto até ao hotel fui apreciando a paisagem quase desértica, composta por vegetação rasteira, e o Lago Argentino à medida que nos aproximávamos de El Calafate. Chegado ao hotel e arrumadas as coisas, foi hora de ir conhecer a cidade. Fiz o 1º percurso a pé mas logo descobri que uma corrida de táxi de 3 euros me ligava entre o hotel e o centro da cidade. É muito animada, está repleta de turistas e tem uma arquitectura ainda mais diversificada que a de Ushuaia, com o seu ponto alto na Aldea de los Gnomos, uma área de lojas que vendem souvenirs e peças de artesanato.
Muitas construções de madeira e casas pintadas de várias cores dão um toque muito pitoresco a El Calafate. É o ponto de partida para os turistas que visitam os glaciares, com a cidade repleta de agências de turismo com uma oferta muito diversificada para estas visitas. Os restaurantes têm um horário de funcionamento alargado e correspondem às necessidades dos turistas. Tal como Ushuaia, El Calafate é um lugar onde nos sentimos bem.
paisagem ao chegar a El Calafate
paisagem ao chegar a El Calafate
El Calafate
paisagem ao chegar a El Calafate
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4º dia: El Calafate e Glaciar Perito Moreno
Este foi o ponto mais alto da viagem. Foi uma ida de El Calafate até ao Glaciar Perito Moreno, localizado no Parque Nacional dos Glaciares. Apesar de também se poderem visitar os glaciares Upsala e Spegazzini, o Perito Moreno é o mais visitado porque pode ser visto de vários ângulos.
Depois de apanhar mais alguns turistas em hotéis localizados na margem do Lago Argentino, um lado formado pelas águas das chuvas que escorrem da Cordilheira dos Andes, seguimos ao longo de uma das margens do lago, verificando a mudança na paisagem à medida que nos aproximávamos do glaciar e da Cordilheira dos Andes. De facto a paisagem desértica fria dá lugar a árvores e a picos aguçados que encimam a vista.
Depois de uma explicação da guia sobre a dinâmica dos glaciares, tivemos a primeira vista do Perito Moreno, de longe, a 7km de distância, mas uma vista deslumbrante.
Quando nos aproximámos pudemos embarcar num barco que nos levou até 300 metros do glaciar, para o podermos ver de perto e de baixo. É uma vista arrebatante sobre a muralha de gelo de 70 metros de altura, pelo meio do lago pejado de pedaços de gelo caídos da parede do glaciar.
Após almoço rápido no local, a tarde foi dedicada a ver o glaciar de muito perto e de cima, num passeio pelo passadiço que foi construído para ser melhor apreciado pelos turistas. É possível fazer vários percursos mas o que fiz, que foi indicado pela guia, permitiu-me ver melhor e de muito perto o glaciar, podendo apreciar as paredes sul e norte.
De vez em quando ouve-se um desprendimento, um pedaço de gelo que se separa do glaciar e cai para a água, mas é difícil ver porque só por muita sorte podemos estar a olhar na direcção do desprendimento.
O céu nublado por nuvens de formas estranhas permitia ver as paredes do glaciar e a sua superfície, onde alguns destemidos faziam um trekking. Na parte superior era possível ver que o glaciar se estende por quilómetros até à sua origem na Cordilheira dos Andes.
No final do dia o sol fez uma aparição por entre as nuvens e iluminou partes do glaciar, criando um contraste muito bonito entre as partes em sobra e as iluminadas pelo sol.
Lago Argentino
a caminho do glaciar
Cordilheira dos Andes
Lago Argentino
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5º dia: El Calafate
Este foi um dia livre em El Calafate dedicado a compras e a apreciar melhor a cidade. Podia ter feito um tour aos outros glaciares, mas seria sempre num catamaran, teria de comprar o almoço de véspera para levar e regressaria tarde, o que dificultaria as compras. Ainda pensei noutro tour mas era véspera de natal (dia 24 de Dezembro) e percebi que havia pouca vontade em fazer esse tour nesse dia. Fiquei por El Calafate onde almocei e jantei umas empanadas de bife de chorizo que estavam divinais.
6º dia: El Calafate – Buenos Aires
Almocei em El Calafate onde pude perceber que a noite de natal dos turistas tinha sido como uma noite de fim de ano, com bebidas e comidas em jantares de natal que os restaurantes organizaram para turistas, com gente bem bebida pelas ruas até às tantas.
Ao fim da tarde regressei a Buenos Aires num voo de 2h 20m, feito sempre ao longo da costa atlântica da Argentina.
descolagem de El Calafate
descolagem de El Calafate
sobre Buenos Aires
descolagem de El Calafate
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7º dia: Montevideo
Este foi o dia do tour a Montevideo que comprei pela net. A ligação fluvial entre Buenos Aires e Montevideo faz-se ao longo do estuário do Rio da Prata, o mais largo do mundo, numa viagem de 2 horas feita num catamaran moderníssimo, elegante e muito bom. À minha espera estava um autocarro da BuqueBus, a empresa que faz as ligações fluviais e que organiza os tours a Montevideo a partir de Buenos Aires.
Montevideo tem pouco para ver, fazer este tour significa apenas “picar” a cidade, e o tour limita-nos no que podemos visitar. Todos os locais onde passamos sem parar, são locais que vemos mal, principalmente se a atracção estiver do lado oposto àquele em que estamos sentados no autocarro. Apesar disso foi possível fazer algumas paragens que permitiram ver o Palácio Legislativo, o mercado da fruta, a Peatonal Sarandí e a Plaza Independência.
Depois do almoço incluído no tour, tivemos tempo para apreciar as ruas em redor, percorremos a famosa marginal de Montevideo e, ao contrário do programa, que previa tempo livre para passear pelo centro da cidade, foi desapontante sermos levados para um shopping. Eu teria preferido o tempo livre que constava do programa, porque não tinha intenção de fazer compras e teria preferido ir ver o que tinha planeado.
O regresso fez-se novamente no catamaran, o Francisco (homenagem ao papa argentino), o mesmo em que tinha vindo de manhã de Buenos Aires.
Palácio Legislativo
centro
Plaza Independência
Palácio Legislativo
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8º dia: Santiago do Chile
Este foi um dia complicado devido ao cansaço e ao calor que encontrei em Santiago. A cidade tem pouco para ver além do Palácio de La Moneda e da Plaza de Armas. Há uma colina que tem uma vista soberba sobre a cidade mas cujo teleférico estava parado para manutenção.
Chegado ao aeroporto apanhei um táxi para o centro, até ao Palácio Presidencial. Uma tenda enorme, talvez colocada ali para actividades de natal, impedia uma vista desimpedida sobre a frontaria do palácio. No entanto foi possível vê-la de lado, junto à estátua de Salvador Allende.
Dali fui a pé até à Plaza de Armas, que estava cheia de gente. Sob um sol intensíssimo e uma temperatura de 35ºC, difícil de suportar para quem tinha vindo da Patagónia, apreciei a praça e visitei a Catedral de Santiago.
Todavia a visita ficou-se por aqui, já que o cansaço acumulado e o calor me fizeram sentir mal e decidi regressar cedo ao aeroporto onde teria ar condicionado e posto médico para o caso de precisar de alguma assistência.
Foi pena não ter explorado melhor a cidade, limitei-me ao Palácio de La Moneda e à Plaza de Armas, mas o cansaço e o calor fizeram-me entender que talvez a idade já não me permita fazer circuitos demasiado exigentes para o físico.
Palácio de La Moneda
Palácio de La Moneda
Catedral de Santiago
Palácio de La Moneda
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9º dia: Buenos Aires (tour)
Depois de me sentir mal no dia anterior em Santiago devido ao cansaço e ao calor, mantendo-se a onda de calor que se fazia sentir naquela zona da América do Sul, decidi que este dia seria ocupado apenas com o tour previsto para Buenos ires e que descansaria da parte da tarde.
Como em todos os tours, passámos por vários bairros de Buenos Aires sem parar, o que limita muitíssimo a forma como vemos as atracções. O tour decorreu no meio de um trânsito infernal e fizemos apenas duas paragens. A primeira foi na famosa Praça de Maio, onde obras de ampliação da praça impediam uma vista clara sobre o Casa Rosada, o Palácio Presidencial, onde os presidentes se dirigem ao povo e de que restam memórias dos discursos de Perón, Evita e Maria Estela Perón.
Na praça, os turistas apinhavam-se junto a um “tienda de recuerdos” onde fomos avisados para ter o máximo cuidado porque o local está cheio de carteiristas. Foi uma sensação muito incómoda de insegurança.
Depois de passar pelo Bairro de San Telmo fomos até ao Bairro de La Boca, o mais antigo, onde existe o que foi o primeiro porto da cidade, passando por La Bombonera, o estádio do Boca Juniors que eu queria ver bem e que só pude espreitar pelas janelas do lado oposto do autocarro.
Seguiu-se uma paragem para podermos fazer o El Caminito, um percurso a pé na zona pejada de casas pintadas de todas as cores, onde os artistas e artesãos vendem o que fazem. Foi talvez a parte melhor deste tour.
Buenos Aires
Praça de Maio
Bairro de La Boca
Buenos Aires
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10º dia: Buenos Aires (dia livre)
Enquanto na Patagónia tudo é muito seguro, em Buenos Aires as coisas são diferentes. Por isso, e por causa do cansaço, do calor e por ter passado mal em Santiago do Chile, decidi que este dia livre seria usado para apenas um passeio pela manhã.
Saí do hotel e fui a pé pela Avenida de Maio até à Praça de Maio e à Casa Rosada, seguindo depois para Puerto Madero, o último bairro de Buenos Aires, onde fica o porto actual e onde existem 2 navios museu que eu queria espreitar.
Foram cerca de 3 km, o calor apertava e, como desconfiava das minhas capacidades físicas, depois deste percurso decidi regressar de táxi para o famosíssimo e lindíssimo Café Tortoni, onde bebi um café e apreciei o espaço.
A seguir, sempre a pé, voltei ao Obelisco para ver melhor o Teatro Colón e regressei ao hotel para descansar o resto do dia.
Foi uma viagem muito cansativa e esgotante, que ficou aquém do planeado porque não visitei o que tinha previsto, em especial em Santiago do Chile e em Buenos Aires, mas que valeu a pena pela beleza dos locais visitados
ruas
Catedral Metropolitana
Obelisco ao fundo
ruas
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vídeos desta viagem aqui
Hotéis:
Buenos Aires: Hotel Imperial PArk
Ushuaia: Villa Brescia
El Calafate: El Rincón de Calafate
fotos argentina
Fotos 2017 Argentina, Chile e Uruguai
 Ushuaia |  Parque Nacional Tierra del Fuego |  Parque Nacional Tierra del Fuego |
|---|---|---|
 Ushuaia |  Ushuaia |  Ushuaia |
 Ushuaia |  Ushuaia |  Ushuaia, Combio do Fim do Mundo |
 Ushuaia, Combio do Fim do Mundo |  ganso de Magalhães |  Ushuaia |
 Monte Olívia, Ushuaia |  Canal de Beagle, Patagónia |  Canal de Beagle, Patagónia |
 Canal de Beagle, Patagónia |  Canal de Beagle, Patagónia |  Lago Argentino ao fundo |
 El Calafate |  El Calafate |  El Calafate |
 El Calafate |  El Calafate |  El Calafate |
 El Calafate |  Glaciar Perito Moreno |  Glaciar Perito Moreno |
 Glaciar Perito Moreno |  Glaciar Perito Moreno |  Glaciar Perito Moreno |
 Glaciar Perito Moreno |  Glaciar Perito Moreno |  Glaciar Perito Moreno |
 Glaciar Perito Moreno |  Palácio Legislativo, Montevideo |  Palácio Legislativo, Montevideo |
 Montevideo |  Plaza Independência, Montevideo |  Plaza Independência, Montevideo |
 Teatro Solis, Montevideo |  Estádio Centenário, Montevideo |  Estádio Centenário, Montevideo |
 Marginal de Montevideo |  Santiago do Chile |  Palácio La Moneda, Santiago Chile |
 Plaza de Armas, Santiago Chile |  Congresso, Buenos Aires |  Bairro La Boca, Buenos Aires |
 Bairro La Boca, Buenos Aires |  Bairro La Boca, Buenos Aires |  Bairro La Boca, Buenos Aires |
 Bairro La Boca, Buenos Aires |  Bairro La Boca, Buenos Aires |  Bairro La Boca, Buenos Aires |
 Catedral, Buenos Aires |  Teatro Colón, Buenos Aires |  Buenos Aires |
 Praça de Maio, Buenos Aires |  Casa Rosada, Buenos Aires |  Casa Rosada, Buenos Aires |
 Corveta, Buenos Aires |  Café Tortoni, Buenos Aires |
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vídeos Argentina, Uruguai e Chile
Ushuaia, a Terra do Fim do Mundo
Passeio no Comboio do Fim do Mundo, Ushuaia, Patagónia, Argentina
Parque Natural Tierra del Fuego
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