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2022 Peru (Lima, Pisco, Paracas, Linhas de Nazca, Islas Ballestras, Cusco, Vale Sagrado dos Incas, Machu Picchu, Puno, Lago Titicaca) e Bolívia: (La Paz e Salar de Uyuni)

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Esta era uma viagem que eu tinha em mente há muito tempo e estava prevista para o verão de 2020, não fosse a pandemia.
Apesar de toda a informação de que dispunha, revelou-se a viagem fisicamente mais violenta que já fiz. O Peru não é para velhos, onde quer que se vá o percurso vai ser invariavelmente a subir. Os guias estão habituados ao esforço em altitude e têm pouca compreensão por quem não o está. Além disso a infraestrutura de transportes do Peru é má na região de Cusco, as estradas são más e as deslocações são demoradas. Se juntarmos a isso que alguns operadores turísticos usam a rede normal de transportes públicos para deslocar os turistas de um ponto a outro, isso significa que não há flexibilidade de horários e que quase todos os dias o despertador vai tocar antes das 6 da manhã.
Fora isso foi uma viagem em cheio porque o Peru tem muito para ver e adorei o que vi na Bolívia.

Dia 1: Lima, city tour


Cheguei a Lima cerca das 6 da manhã, depois de um voo de 11 horas desde Madrid. Era suposto ter a manhã para descansar para ter o city tour à tarde, mas dormi bem no voo e aproveitei a manhã livre para passear nas redondezas do hotel, o Hollyday Inn de Miraflores.
O Peru tem fama de ser perigoso para os turistas, cometem-se crimes de sangue, mas senti-me seguríssimo por todos os lugares por onde andei. Passeei no bairro de Miraflores completamente à vontade, onde vi muita polícia, o Serenazo e a Polícia de Turismo.
Da parte da tarde tivemos o city tour, uma coisa rápida, como todos os half day city tours.
Visitámos a Plaza Mayor e a catedral, o Palácio do Arcebispo e o Parque dos amores, junto ao Oceano Pacífico.
A Plaza Mayor estava fechada devido à agitação política, havia manifestações nas ruas próximas mas a polícia não as deixava aproximarem-se. Os guias com turistas podiam entrar na praça mas não era possível ir ao meio da praça fazer fotografias. Apesar de mal vista, gostei da praça, mais ampla que a de Bogotá, que tinha visitado 3 meses antes. A catedral de Lima é imponente, muito bonita e muito rica. Melhor que outras que já vi em capitais da América do Sul.
O Palácio do Arcebispo é quase uma continuação da catedral e terminámos o dia, já ao lusco fusco, no Parque dos Amores, um parque que faz parte de uma faixa de 5 km de outros parques, junto ao Oceano Pacífico.

Dia 2: Lima – Pisco – Paracas e Linhas de Nazca

 
O dia começou bem cedo, como todos os dias no Peru, a Viajes Pacífico foi buscar-me ao hotel e levou à estação de autocarros de Lima para eu seguir para Paracas. A viagem foi feita naquelas autocarros que existem na América Latina, que têm 3 poltronas por fila e permitem fazer viagens longas, inclusive durante a noite, com alguma comodidade.
Ao fim de 3 horas e pouco chegámos a Paracas onde o pessoal da Viajes Pacífico me aguardava para me levar ao aeroporto de Pisco para o tour nas Linhas de Nazca. O aeroporto de Pisco é usado apenas para estes tours, apesar de ser um aeroporto completamente construído e com capacidade para vários voos comerciais.
Formado o grupo de 12 pessoas que iam embarcar, vejo um jovem operador puxando uma lança de avião e fazendo o pushback do avião rebocando-o à mão até ao local de embarque. Era um Cessna 208B Grand Caravan, com 6 acentos de cada lado junto à janelas. Perfeito para todos os passageiros poderem ver bem o exterior.
Iniciámos o voo de meia hora entre Pisco e Nazca, recebemos todas as instruções e lá começaram a aparecer as figuras. O copiloto fazia mais de guia turístico que de copiloto e isso ajudou-nos muito a descobrir as figuras no chão. Muita gente que já fez este tour enjoou porque o voo é uma espécie de carrossel ou montanha russa em que se sobe, desce, inclina para a esquerda, inclina para a direita, para toda a gente ver bem aquelas maravilhas.
Com a atenção que dei ao que via não senti a mínima perturbação. Aquilo é mesmo uma verdadeira maravilha: o astronauta, o condor, o colibri, o viajante, a família real, o cão, tudo se viu perfeitamente bem com as indicações dadas pelo copiloto. Apesar de ainda me faltarem 13 dias de viagem, fiquei com a sensação de que, só pelas Linhas de Nazca, a viagem já tinha valido a pena. Deslumbrante e maravilhoso.
Depois de mais 30 minutos de voo regressámos a Pisco de onde fui para o resort em Paracas. Um excelente resort numa zona que é estância de férias para os peruanos.
Ao jantar, quando normalmente faço uma avaliação mental do dia, tive a sensação de que fora um dia em cheio e criei ainda mais expectativas positivas para o resto da viagem.

Dia 3: Islas Ballestras e regresso a Lima

 
Fiquei surpreendido com o clima que apanhei em Lima. A 11º de latitude sul esperava um clima mais tropical, para mais ao nível do mar. Mas as correntes do Pacífico parecem influenciar muito o clima da costa peruana.
Por isso não esperava ver a maravilha da reserva das Islas Ballestras. Iniciámos o dia embarcando nos deslizadores, embarcações rápidas que nos levaram de Paracas até à reserva. Aves marinhas de todos os tipos, aos milhares, pinguins e leões marinhos. Não esperava ver numa região tropical. Fiquei alegremente surpreendido, a reserva é riquíssima em fauna marinha, os pinguins de Humbolt são talvez a maior atracção, mas os leões marinhos, que vimos pouco porque estava na hora do almoço deles, também encantam. Ainda bem que o governo peruano preserva aquela reserva porque é uma verdadeira maravilha, num mundo onde muitas espécies animais estão ameaçadas.
Foi uma agradável surpresa de que gostei muito mais do que esperava.
 Findo o tour pelas ilhas regressámos a Paracas, almocei no hotel e regressámos a Lima num autocarro de poltronas, igual ao do dia anterior.

Dia 4: voo Lima-Cusco e city tour em Cusco

 
Tive o voo de Lima para Cusco às 10:30 com a Sky airline, uma low cost peruana, numa airbus A320 Neo. Foi um voo de 1 hora com vista do lado esquerdo para os picos dos Andes. Ao meu lado, junto à janela, ia uma jovem peruana de Cusco que me deixou recolher algumas imagens do voo mas que ficaram com pouca qualidade. Quando sobrevoámos Cusco expliquei-lhe a volta que íamos dar a aproximação à pista 28, e o percurso que íamos fazer descendo entre picos andinos para uma RNAV porque os montes circundantes não permitem uma aproximação em linha recta até à pista. Ela ficou interessada no assunto e a seguir seguiu toda a aproximação até à aterragem.
Na aproximação final, quando começamos a ver as casas, tive a sensação de que o que via me recordava algo. Kathmandu. A arquitectura é parecida, embora Kathmandu tenha mais cor porque em Cusco há muito mais casas de tijolo que não foram rebocadas nem pintadas.
Fiquei num bom hotel no centro da cidade, o Xima, onde tomei logo um chá de folhas de coca que fazia parte da recepção aos novos hóspedes. O programa incluía 2 dias em Cusco, que é o normal para nos aclimatarmos à altitude. São 3600 metros, o suficiente para o corpo se ambientar aos níveis de oxigénio mais baixos que encontramos em altitude.
Da parte da tarde tivemos o city tour. Curto como todos. Fomos até à Plaza de San Cristobal para ter uma vista panorâmica da cidade. É uma vista arrebatadora, lindíssima. Ao fundo via-se o aeroporto metido na malha urbana da cidade e o movimento dos aviões. Seguimos para o mercado de San Pedro, que não teve muito interesse, depois para o Palácio do Arcebispo e finalmente a Plaza de Armas, onde visitámos a catedral.
É pena que não se possam recolher imagens na catedral porque é enorme e imponente. Afinal estamos na cidade capital do império inca, que foi um dos principais bastiões da colonização espanhola. O interior da catedral é riquíssimo, impressionou-me pela beleza e grandiosidade. Existem no mundo catedrais famosas pela imponência, conheço bem a de Sevilha, mas fiquei com a sensação de que esta não lhe fica atrás. Fiquei maravilhado.
Seguiu-se a Plaza de Armas a que não foi dada a devida atenção só a vimos da saída da catedral e é um lugar que merece muito mais atenção. Devíamos ter ido até ao centro da praça, para percebermos o movimento, as lojas circundantes, a alegria de quem por ali está, os vendedores ambulantes. Foi pena isso ficar por ver mas, como no dia seguinte eu tinha a tarde livre e já tinha planeado dar a devida atenção à Plaza de Armas de Cusco, colmatei essa falha no dia seguinte.

Dia 5: Parque Arqueológico de Sacsayhuman e tarde livre

 
Saímos de manhã para o Parque Arqueológico de Sacsayhuaman, que fica no topo da cidade de Cusco. É um espaço muito amplo, vêem lamas e alpacas a pastar por ali, deixam-nos aproximar mas não deixam tocar. É um local arqueológico pré-inca, amplo e interessante, d eonde se tem uma vista ainda mais soberba sobre a cidade de Cusco.
Tendo a parte da tarde livre, arrumei a maioria dos recuerdos no mercado de artesanato de Cusco, que ficava mesmo em frente ao meu hotel. É um mercado enorme só co artesanato. Nota-se que neste particular o Peru não é muito comercial. Os ímanes não têm grande qualidade, nota-se que ainda não estão a importar artesanato local feito na China. Ali tudo é genuíno, mas o que mais existe são os têxteis de alpaca e de vicunha.
Arrumadas as compras, deixei-as no hotel e iniciei o caminho de subida até à Plaza de Armas. Pelo caminho fui admirando o movimento da cidade, as lojas, os polícias sinaleiros que dão uma ajuda quando os semáforos não dão conta do muito trânsito.
Passei por uma farmácia para comprar pastilhas para o soroche (vendidas avulso) e água de colores. Felizmente o soroche, ou doença da altitude, não me afectou. Talvez no dia da chegada a Cusco tenha sentido uma enxaquecazinha muito leve, mas só isso. Seja como for, como o resto do programa seria sempre acima dos 3800 metros e iria a mais de 4000, decidi precaver-me com pastilhas para o soroche, que não cheguei a usar. A água de colores é um líquido que de certeza tem uma alta percentagem de cânfora, que é usado para pôr na mão e inspirar profundamente, que funciona como broncodilatador.
E em seguida maravilhei-me na Plaza de Armas. Tinha tempo para lhe dar a atenção que merece e passei bem mais de uma hora por ali. O movimento é enorme, a praça estava cheia de turistas e de vendedores, ouvia-se a música dos bares e restaurantes, havia alegria no ar, o sol radioso ajudava, tomei consciência da importância que a Plaza de Armas tem e sempre teve para a cidade de Cusco. Considero estava visita à praça um dos pontos altos da viagem.

Dia 6: Vale Sagrado dos Incas e viagem até Aguas Caleintes

 
Saímos de manhã para a aldeia de Chincheros, a mais famosa e pitoresca do vale. Estava muito animada e repleta de vendedores, a praça central era um mercado ambulante, com todas as vendedoras envergando o traje tradicional.
Dali tem-se uma vista maravilhosa sobre os montes circundantes.
Seguimos para o complexo de Moray, um complexo agrícola inca, onde se faziam experiências com culturas, caracterizado pelos socalcos, terraços colossais concêntricos.
Chegámos a Ollantaytambo com algum atraso e já não foi possível visitar o complexo arqueológico, havia que tomar o comboio que nos levaria a Machu Picchu Pueblo, o povoado junto a Machu Picchu também conhecido como Aguas Calientes, pelas termas que tem.
A viagem de comboio, com tecto panorâmico, demora quase duas horas, num trajecto que vai ziguezagueando pelas margens dos rios que descem das montanhas até ao vale. O comboio ia cheio de turistas, afinal todos queriam ir visitar Machu Picchu no dia seguinte.
Chegámos antes de jantar, estava um agente da Viajes Pacífico à minha espera e fomos a pé para o hotel. Aguas Calientes é uma localidade muito viva, fervilha de gente, mas muito pequena, que vive das visitas a Machu Picchu. Fiquei num hotel excelente, o El Mapi by Inkaterra, e dormi entusiasmado com o programa do dia seguinte. Afinal seria Machu Picchu, talvez o ponto mais alto da viagem.

Dia 7: Machu Picchu e regresso a Cusco


 
As visitas a Machu Picchu já não são como eram. Os bilhetes têm hora de entrada e só podemos permanecer no local por um máximo de 3 horas. O meu guia tinha-me a mima, com entrada às 7 da manhã, e duas outras famílias, com entrada às 8. Ele disse-me: vamos junto e entramos à 8, comigo tudo podes fazer a visita neste horário.
Encontrámo-nos no ponto de onde saem os autocarros que sobem os turistas até Machu Picchu. Tudo bem organizado, os turistas fazem uma fila enorme de acordo com o horário de entrada e embarcámos, juntos, num dos autocarros que levavam o pessoal das 8 horas.
Se até este dia todas as visitas tinham implica subir sempre a pé até se chegar ao ponto a visitar, Machu Picchu não é excepção. Só que com uma subida bem mais dura e a uma altitude superior, por um caminho de pedras grandes onde é preciso ver onde se pisa. As entorses são por ali muito comuns.
O percurso começa por uma subida até ao ponto mais alto, de onde se tem aquela vista deslumbrante que aparece nos postais. Depois é sempre a descer, mas tive verdadeira dificuldade em fazer a subida inicial. Tive de pedir ao meu guia para me ajudar com a mochila, porque me seria muito difícil subir com ela. Foi impecável na ajuda que me deu.
Depois de chegarmos ao topo temos um amplo espaço plano de cuja extremidade se tem aquela vista maravilhosa. É deslumbrante e arrebatador, excepcional, não há palavras para descrever aquela maravilha cuja vista fica enquadrada pelos picos, bem altos, dos Andes circundantes.
Esta viagem já tinha valido a pena só por se ver aquela vista.
Fiz o resto da visita de novo com a min há mochila, a ajuda do guia só foi necessária para a subida inicial. O espaço está muitíssimo bem cuidado, e o complexo de Machu Picchu é maior do que se vê na imagem tradicional.
Finda a visita descemos de novo nos autocarros até Aguas Calientes e, depois de chegar, tive a surpresa de encontrar um amigo meu de Odemira. O escritor Fernando Évora, primo de um grande amigo meu. Conhecemo-nos há quase 50 anos, eu sabia que ele tinha estado em Lima num congresso literário mas não o imaginava em Machu Picchu.
O meu programa tinha o almoço incluído num restaurante local, comi por ali e aproveitei o tempo que me restava para explorar Aguas Calientes. O resto do programa seria duro. Viagem de comboio até Ollantamtambo e autocarro até Cusco.
Em Ollantaytambo os funcionários dos comboios peruanos estavam com cartazes a reunir os passageiros que faziam a viagem no sistema bimodal, comboio mais autocarro, eu era um deles. Faltavam-nos 40 km até Cusco, por isso tive uma exclamação bem alta quando a funcionária nos anunciou que íamos partir para Cusco e que a viagem demoraria 2 horas e meia! E começou com cerca de 45 minutos de atraso porque as ruas de Ollantaytambo não têm largura para se cruzarem duas vans de 9 lugares e havia duas filas, em sentidos contrários, com autocarros de 50 lugares. Foi preciso os locais virem ajudar a orientar o trânsito, os veículos cruzavam-se 2 a 2, foi um inferno conseguir sair dali. A infraestrutura de transportes do Peru na região de Cusco é francamente má.
Quando chegámos à estação de autocarros de Cusco, depois de mais de 3 horas de autocarro, pedi para me indicarem a casa de banho. Responderam-me “já estão fechadas”. Fiquei visivelmente irritado, não é uma coisa amigável para os turistas. E acabei indo a pé para o hotel porque era perto e seria mais rápido, porque o restaurante fechava às 11 da noite e eram quase horas de fecho.
Valeu bem a pena, a visita é soberba mas o Peru precisa melhorar a infraestrutura.
O Peru não é para velhos e algumas coisas precisam ser melhoradas no atendimento aos turistas.

Dia 8: viagem Cusco - Puno

 
A Viajes Pacífico tem uma infraestrutura de guias, veículos e motoristas em casa local mas não faz viagens entre cidades. Ou coloca os turistas clientes em transportes públicos, ou entrega o serviço a outra empresa.
Esta viagem de Cusco para Puno foi feita pela Turismo Mer numa cómodo autocarro turístico de 50 lugares. Fizemos 5 paragens, uma delas para almoçar num restaurante propriedade ou ligado à Turismo Mer. Três paragens foram para ver uma igreja e locais arqueológicos, mas houve uma outra de que gostei imenso: a passagem de La Raya, na fronteira entre as províncias de Cusco e de Puno, a 4355 metros de altitude.
No início da viagem recebemos um folheto bem grande e de qualidade, com a descrição da viagem. E ali podíamos ver que, apesar de La Raya estar a 4355 metros, ainda subiríamos aos 4388. Foi o ponto mais alto de toda esta viagem ao Peru e à Bolívia.
A paragem é excelente, temos uma vista maravilhosa sobre os picos da Cordilheira dos Andes, há vendedores no local e tiram-se fotografias maravilhosas. Foi a parte mais interessante deste dia, cuja finalidade era, acima de tudo, levar-nos de Cusco para Puno, na margem do Lago Titicaca.

Dia 9: Lago Titicaca

 
Deixámos o porto de Puno numa excelente lancha por um canal nos canaviais rumo às ilhas flutuantes. São cerca de 40 ilhas construídas pelos habitantes do lago, os Uros. Pelo caminho fomos passando por algumas dessas ilhas, cada uma com uma embarcação típica do lago atracada. São as embarcações catamaran usadas para ir à pesca ou para deslocações no lago.
Chegámos à ilha que fomos visitar. É habitada por 4 famílias e fomos recebidos pelas mulheres. Os homens estavam a trabalhar, a vida no lago tem-se tornado mais difícil e a maioria dos homens tem um trabalho em Puno ou nas redondezas. O piso da ilha estava forrado de folhas compridas e o “chão” da ilha oscila com a ligeira ondulação das águas do lago.
Mostraram-nos os costumes locais, o artesanato que fazem, cantaram para nós e depois cada uma das mulheres foi buscar um turista ou família de turistas para visitar a casa onde vive. Calhou-me uma jovem de 28 anos, casada com 3 filhos, tez muito escurecida pelo sol. Vi a casa mas o cheiro não me convidou a entrar naquele rectângulo de 8 por 3 metros só com uma divisão. O lago fica a 3830 metros de altitude, a camada mais fina de atmosfera não é suficiente para proteger dos raios solares, ainda por cima o clima não cria muitas nuvens por aquelas paragens. Vivem da caça e da pesca, e tendem a ter uma vida curta por causa dos cancros de pele.
Em seguida um homem adulto que ficaram na ilha para fazer este serviço embarcou-nos na embarcação catamaran e, ele e um jovem, remaram para nos levar até outra ilha, já na parte boliviana do lago. Foi só para vermos como era essa ilha, em tudo parecida com aquela onde tínhamos estado, só que maior.
A nossa lancha veio buscar-nos e levou-nos até à Ilha Taquiles. Desembarcámos e subimos por um caminho íngreme até ao restaurante onde nos foi servido o almoço. Mais uma truta. O Lago Titicaca está cheio de viveiros de trutas, foram os japoneses que para lá foram ensinar os peruanos e bolivianos a fazer esse tipo de criação, à semelhança do que fazem em Myiajima e Hiroshima. A Ilha Taquiles é uma ilha muito particular. Foi uma ilha privada, propriedade de um fidalgo espanhol, que ali impôs os costumes da sua terra natal. Ainda hoje subsistem e são muito rígidos. Homens e mulheres trajam usando vestimentas típicas do norte de Espanha e os costumes são idênticos, quase medievais.
Findo o almoço, a nossa lancha veio buscar-nos e levou-nos numa viagem de duas horas de regresso a Puno. Tínhamos estado completamente embrenhados no Lago Titicaca.

Dia 10: viagem Puno - La Paz

 
Neste dia eu tinha um programa diferente e decidi alterá-lo. Era o dia da passagem do Peru para a Bolívia passando a fronteira em Kasani, junto a Copacabana, já na Bolívia.
Os serviços da Viajes Pacífico terminaram quando me deixaram no hotel, no dia anterior, depois do programa no Lago Titicaca. E eu tinha no programa passar a fronteira e várias actividades no lago a partir de Copacabana.
Às 6 da tarde do dia anterior uma senhora da Crillon Tours, o agente local boliviano, cujo trabalho só posso enaltecer, veio encontrar-se comigo ao hotel para acertarmos os horários do dia seguinte. Estava previsto sair cedo, passar a fronteira e depois seguir um programa rígido de actividades antes de seguir para La Paz. Como eu estava cansadíssimo e percebi que o programa previsto seria uma repetição do lado boliviano do que já fizeram a partir de Puno, perguntei à senhora: não é possível anular o programa todo e ir apenas para La Paz? A senhora falou com a agência e em meia hora estava tudo a certado. A Crillon Tours aceitava transformar o programa do dia, feito com outras pessoas, num transfer privado de carro para La Paz. Presumo que o facto de eu ir estar em tour privado em todos os dias seguintes na Bolívia terá ajudado na decisão.
Assim, neste dia de travessia de fronteira, em vez de sair do hotel às 06:10 como estava previsto, saí apenas às 8 da manhã. Excelente porque eu estava tão cansado que não sabia como iria aguentar o resto do programa da viagem. Assim, com uma noite bem dormida (finalmente!) e um dia descansado, podia retemperar forças para o que faltava da viagem.
À hora combinada vieram buscar-me para 2 horas de caminho até Kasani. Atravessar fronteiras terrestres nunca é fácil. Já o fiz de Israel para a Jordânia, e do Zimbabué para o Bostwana, mas esta travessia foi a mais complicada. Para carimbar a saída do Peru havia uma fila enorme. Festividades religiosas em Copacabana levavam milhares de peregrinos peruanos a cruzar a fronteira. E um problema informático que paralisou por duas o sistema do SEF peruano também não ajudou. Ao fim de 3 horas de fila lá consegui o carimbo. Atravessei com o meu guia os 500 metros de terra de ninguém até ao posto fronteiriço boliviano, onde me esperava uma agradável surpresa. Seria previsível que a fila de 3 horas para sair do Peru se repetisse para entrar na Bolívia, mas o guia boliviano que me esperava, o meu amigo Diego, tinha tomado a iniciativa de se meter na fila e reservar-me um lugar. Daí que, quando o primeiro guia me passou ao Diego, eu estava a poucos metros de fronteira e ao fim de 5 minutos tinha o carimbo de entrada.
O Diego é um tipo fenomenal, super desenrascado. Viveu 18 anos nos EUA, em Houston, perguntou-me se queria que ele falasse comigo em brasileiro, espanhol ou inglês. Respondi que entre o inglês e o espanhol “me dá igual” e acabámos por fazer uma mistura das duas em todos os dias em que estive com o Diego.
Com as festividades religiosas a encherem Copacabana, decidimos passar rapidamente pela cidade, sem parar. Parámos apenas num miradouro que permitiu ver a cidade e o viveiros no Lago Titicaca, bem maiores na Bolívia que no Peru. E seguimos directos a Huatajata, onde almoçámos num hotel propriedade da Crillon Tours. Mais uma truta de que muito gostei. Por aqueles dias comi trutas e mais trutas, todas excelentemente cozinhadas. Fiquei fã.
Faltavam 3 horas até La Paz. Pelo caminho fizemos uma paragem num ponto de onde se tem uma vista privilegiada sobre uma fila de picos dos Andes. E seguimos para La Paz.
Entrar em La Paz por El Alto é sempre muito demorado. Na verdade foram 3 horas de viagem mais duas para entrar na cidade.
El Alto é uma cidade informal a oeste de La Paz. Tudo ali é informal, ninguém tem emprego e vive-se do contrabando e outras actividades ilegais. Atravessar El Alto é demorado porque o trânsito é muito e as avenidas estão apinhadas, ladeadas de vendedores, controlados pelas inefáveis cholitas. Ali as carrinhas encostam à vontade, cortando uma faixa de rodagem sem qualquer cerimónia, o que atravanca ainda amais o trânsito.
Cruzada El Alto entramos em La Paz e temos logo a noção da orografia. Aquilo é lindíssimo. A cidade fica localizada num desfiladeiro que chega a parecer um caldeirão de 800 metros de altura. El Alto fica cerca dos 4000 metros de altitude, a parte baixa de La Paz fica a 3200. Quando mais baixo se estiver, maior é o nível económico. Daí que a parte superior de La Paz só tem casa de tijolo à vista e os bons prédios e moradias só se começam a ver quando estamos próximos da parte mais baixa.
Fiquei num hotel novo, o Mitru Sur, bem na zona baixa, junto a lojas de marca. Por isso foi necessário cruzar La Paz em toda a sua altura. Mas falarei da cidade no dia que lhe foi dedicado.

Dia 11: viagem La Paz - Oruro - Uyuni

 
Na sequência da pandemia, a minha agência de viagens, a Quadrante Viagens, ainda não tinha programas para a Bolívia. Mas eu tinha estava viagem na cabeça, perguntei se se arranjava, disseram-me que sim e acabei por fazer o programa Peru Completo juntando-lhe em seguida um tour privado com pensão completa na Bolívia com o que eu tinha pedido: La Paz e o Salar de Uyuni.
Daí que era preciso ir de La Paz para Uyuni. Antes da pandemia isso fazia-se de avioneta, mas esses voos ainda não foram retomados, aliás, em contrapondo com o Peru a abarrotar de turistas, a Bolívia começava agora a ter turistas, acima de tudo alemães e franceses, com alguns brasileiros que foram por si e sem agência. Assim, sem transfer de avioneta, restava fazer a viagem de carro. 8 horas.
O Diego foi buscar-me ao hotel com o motorista, subimos até aos 4000 metros para sair de La Paz mas parámos num miradouro fabuloso. Aos nossos pés estava La Paz de manhãzinha. Com o sol ainda baixo no horizonte a vista era deslumbrante. Fiquei apaixonado pela cidade reservei ainda mais vontade de a visitar 3 dias depois.
O Diego foi comigo até Oruro, mas ou menos a meio do caminho, onde a Crillon Tours me passou para a afiliada Senda Andina. Deixei de ter carrinha com guia e motorista só para mim, para passar a ter um jipe 4x4 com guia e motorista só para mim. Calhou-me o José Luís como guia e o Jovenal como motorista. Dois jovens vivazes, simpáticos e muito agradáveis. Excelentes companhias.
Fiemos o resto da viagem num jipe Toyota muito confortável, fomos parando pelo caminho para ver de petos as lamas e vicunhas a pastar, e no fim parámos em Colchani para eu comer qualquer coisa, porque não tinha almoçado. E de seguida fomos para o hotel em Uyuni. Fiquei no Boutique Andina, propriedade da Senda Andina. Pelo caminho, em conversa, o José Luís ficou a saber que eu estava com um problema intestinal que já tinha levado de Portugal. Por isso teve o cuidado de recomendar ao hotel Boutique Andina, que me prepararia as refeições desse dia e dos seguintes, que tivesse o maior cuidado no que me ia dar para comer. Resultou em cheio. Comi bem e sempre coisas que não me criaram complicações.
Resta dizer que Uyuni é uma terreola onde todas as casas têm o tijolo à vista e onde não vi uma rua cujo piso não fosse apenas terra. Só existem 2 edifícios com mais de 3 pisos, ambos são hotéis e ficam no limite da povoação. À noite quase não hás iluminação. Daria para ver bem o céu nocturno, mas eu estava tão cansado que decidi dormir e deixar de lado a minha paixão pela astronomia.

Dia 12: Salar de Uyuni

 
Começámos o dia indo a pé desde o hotel até ao “museu” ferroviário de Uyuni. É um local onde estão depositados restos de locomotivas e carruagens de caminho de ferro, em tempos usado naquela zona mas abandonado porque em toda a América do Sul a preferência acabou sempre por ser o transporte rodoviário.
Dali fomos já de carro até Colchani para procurar no mercadinho local algumas coisas que poderiam ser úteis para a visita ao salar: óculos escuros para proteger dos raios UV (e pôr por cima dos meus), um chulo para proteger a cabeça e as orelhas do frio, e um pullover para proteger do frio ao fim da tarde.
Daí fomos para o salar. O piso é bem duro como se previa e, assim que nos embrenhamos, perdemos a noção das distâncias. Os picos andinos ao fundo, incluindo um vulcão, não se faz ideia a que distância estão. O salar é um mar de sal branco a toda a nossa volta, com alguns trilhos por onde passaram carros a ajudar o condutor a orientar-se, parece uma visão de outro planeta, nunca tinha visto nada assim no planeta Terra.
Fomos até à marca que assinala a passagem do Dakar por ali há uns anos atrás. Alguns autarcas locais estavam a fazer uma visita ao local. E depois fomos para o ponto forte do dia, a Ilha Incahuasi, ou Ilha do Inca, uma elevação rochosa de 79 metros de altura cheia de cactos. É preciso subir por caminhos esconsos até ao topo para se ter uma visão de 360 graus. Que maravilha, a vista é irreal, magnífica, soberba, deslumbrante. Apetecia ficar ali mais tempo a apreciar a paisagem.
Descemos devagar com cuidado para evitar entorses e o jipe não estava à nossa espera. Estava 500 metros adiante, no meio do salar. Eu e o guia caminhámos até ele. À medida que nos aproximámos percebi que tínhamos uma mesa posta junto ao carro para almoçarmos ali.
Da parte da tarde visitámos mais alguns lugares na orla do salar, um museu de ferramentas usadas ana agricultura, mais umas sepulturas que não me deram prazer em ver, e começámos a dirigir-nos para Colchani, onde eu ia ficar essa noite. Nessa orla do salar havia água, talvez uns 40 cm de altura, foi necessário conduzir com muito cuidado, nas proximidades pudemos ver os famosos flamingos andinos, para nossa sorte começaram a voar e pudemos vê-los em todo o seu esplendor.
E chegámos ao Hotel Luna Salada. É um hotel enorme construído em cima dum rochedo, mesmo na orla do salar e com uma vista magnífica sobre o salar. É todo construído com blocos de salr, o chão é de sal e a decoração é extraordinária. Corredores enormes com quartos de um lado e espaços de estar para os hóspedes do outro lado. Muitos com lareira, porque durante o dia o sol pode fazer a temperatura chegar aos 24 graus, mas durante a noite, a 3900 metros de altitude, desce para os -3º, que era a previsão para essa noite. Deliciei-me a passear pelo hotel, que tinha uma restaurante excelente onde desfrutei de um excelente jantar.
O dia no salar tinha valido bem a pena.

Dia 13: Colchani - Oruro - La Paz

 
Neste dia fiz a viagem do salar até La Paz, a que tinha feito 2 dias antes mas em sentido contrário. A vista já era conhecida e nem recolhi imagens deste dia.

Dia 14: La Paz - city tour

 
O Diego já sabia que o que mais me interessava da visita a La Paz era a vista soberba sobre a cidade, localizada num caldeirão de 800 metros de altura, que se pode ver de vários ângulos a partir do teleférico, que é o meio de transporte por excelência de La Paz. Mesmo para os padrões locais é um meio de transporte barato e é excelente para cruzar o caldeirão, indo de um ponto a outro, fugindo ao trânsito caótico da cidade.
Começámos por visitar uma zona rochosa numa das escarpas do caldeirão onde fica um cemitério para gente rica e depois fomos para o teleférico. Tem 10 linhas e andámos por 4.
Que vista maravilhosa, é ali que se tem a noção de toda a beleza da cidade de La Paz. De facto é linda, apesar da maioria das casas terem o tijolo à mostra, por opção legal dos donos porque assim são consideradas casas inacabadas e pagam apenas 25% dos impostos que pagariam se estivessem prontas, a vista não se torna monótona. Mas quando descemos para zonas mais baixas, aí já temos os prédios modernos e os bairros ricos da cidade.
Cada linha dá-nos uma vista diferente e vale bem a pena desfrutar daquela beleza.
Finalmente seguimos até ao centro. Fomos a pé. Passámos pela Rua Jaen, que é a rua dos museus, que estavam quase todos fechados por ser domingo, e dirigimo-nos à praça principal, a Plaza Murillo, passando por prédios de arquitectura colonial espanhola, a maioria em mau estado, muito parecidos com os que vi em Bogotá.
Na Plaza Murillo temos a catedral, muito bonita, diferente de todas as que já tinha visto na américa do Sul, mas muito bonita. Não a pude ver melhor porque estava a ser rezada a missa dominical. E temos o Parlamento e o Palácio do Governo, onde podemos tirar fotos com os guardas. Ordem de Evo Moralles, ser simpático com os turistas.
Terminámos no Mercado das Bruxas, um mercado muito conhecido que tinha algumas lojas fechadas por ser fim de semana. Esperava mais destes mercado, procurei uma peça de artesanato que não consegui encontrar, mas gostei da zona. Voltaria lá se ainda tivesse tempo, mas a viagem estava no fim.
Esperavam-me 3 voos no dia seguinte para regressar a casa: La Paz – Santa Cruz de la Sierra – Madrid – Lisboa.
Foi um viajão.
Hotéis:
Lima – Holyday Inn – excelente, muito bem situado, óptimo serviço
Paracas - Doubletree Resort by Hilton Hotel Paracas – um excelente resort junto ao Ocenao Pacífico
Cusco – Xima Hotels Cusco – bom, bem situado, comia-se bem
Aguas Calientes – El Mapi Hotel by Inkaterra – excelente
Puno – Sonesta Posadas del Inca Puno – magnífico, localizado na margem do Lago Titicaca, excelente comida
La Paz – Hotel Mitru Sur – magnífico, situado na zona baixa de La Paz, pessoal muito simpático
Uyuni – Boutique Andina – bom, pessoal muito prestável, um pouco acanhado mas em Uyuni é impossível encontrar melhor
Colchani – Hotel Luna Salada – uma obra prima de arquitectura feita de blocos de sal, chão de sal, lindíssimo, enorme, com um restaurante fabuloso onde se comia maravilhosamente
fotos Peru

Fotos 2022 Peru e Bolívia

Lima

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Plaza Mayor

Lima

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palácio do arcebispo

Lima

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Linhas de Nazca

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Paracas

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Cusco

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Cusco ao fundo

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alpacas em Sacsayhuaman

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parque arqueológico

Sacsayhuaman

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Cusco

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cão peruano sem pêlo

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comboio de regresso a Cusco

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Lago Titicaca

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de Puno para La Paz

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Andes

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a caminho de La Paz

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La Paz de manhãzinha

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Uyuni

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La Paz - catedral

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La Paz - palácio presidencial

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La Paz - mercado das bruxas

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vídeos do Peru e Bol

Vídeos do Peru e Bolívia

Dia 1: city tour em Lima
Dia 2: linhas de Nazca
Dia 2: resort em Paracas
Dia 3: Islas Ballestras
Dia 3: regresso a Lima
Dia 4: Voo Lima-Cusco e city tour em Cusco
Dia 5: parque arqueológico de Sacsayhuaman e tarde livre em Cusco
Dia 6: Vale Sagrado dos Incas e subida para Águas Calientes
Dia 7: Machu Picchu
Dia 8: de Cusco para Puno
Dia 9: Lago Titica a partir de Puno
Dia 10: Puno - Copacabana - La Paz
Dia 11: La Paz - Uyuni
Dia 12 - Salar de Uyuni
Dia 13 - viagem Uyuni - La Paz - não foram recolhidas imagens
Dia 14 - La Paz
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11Sagres
Sagres
sobre mim

Nascido em 1958, ex-oficial da Armada, ex-professor no Instituto Politécnico de Beja, dedicado a viajar sempre que possível

 

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© 2016 António Júlio Toucinho da Silva

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